sábado, 27 de agosto de 2011

Faltam nutrientes e sobram calorias na alimentação do brasileiro

Segundo pesquisa do IBGE, há excesso de frituras e refrigerantes e poucos legumes e saladas.
Que alimentos escolher diante de tantas ofertas? A comida natural ou a industrializada? O que o brasileiro prefere comer? O IBGE ouviu mais de 50 mil pessoas com rendas variadas e constatou: há deficiências sérias na alimentação das famílias brasileiras.

A alimentação de 90% dos brasileiros está fora do padrão recomendado pela OMS. O consumo de frutas e hortaliças é bem menor que o recomendado e a ingestão de cálcio e vitaminas também estão abaixo do esperado.

Composta prioritariamente por arroz e feijão é presença constante na alimentação do brasileiro, mas o erro da população está em associar alimentos calóricos e de baixo teor nutritivo às refeições: “Para que a ´dupla´ seja ainda mais nutritiva, ela deve ser associada com legumes e verduras e uma porção de proteína, sendo este é um hábito que grande parte da população brasileira tem deixado de lado”, explica a nutricionista Mariana Jota.
Outro fato que explica o excesso de alimentos calóricos entre os brasileiros, é que o Brasil vive um período de transição nutricional, segundo Mariana: “A famosa dupla dinâmica arroz/feijão perde espaço para as refeições rápidas, tipo fast-food, as prontas e semi-prontas e as industrializadas. Sendo estas, na maioria das vezes, ricas em gorduras saturadas e açúcares simples tão prejudiciais à saúde”.

Segundo o IBGE, a OMS e o Guia Alimentar Brasileiro sugerem o consumo de 400 g de frutas, legumes e verduras por dia. Nem 10% da população ingerem o indicado. As maiores médias de consumo diário per capita no país são de feijão (182,9 g/dia), arroz (160,3 g/dia), carne bovina (63,2 g/dia), sucos (145,0 g/dia), refrigerantes (94,7 g/dia) e café (215,1 g/dia).

Como vemos, o café é o alimento mais consumido pelo brasileiro, e pelo excesso, essa bebida acaba sendo prejudicial a saúde: “Existem uma série de sintomas relacionados com consumo exagerado da cafeína, ente eles a hipertensão, insônia e gastrite”, explica a nutricionista Mariana.

Na hora de beber cerveja, os homens lideram o ranking. Eles bebem 5x vezes mais que as mulheres. Não à toa que a ingestão de colesterol é menor entre elas. As classes mais altas mais altas comem mais frutas e verduras, mas também comem alimentos com alto valor calórico, como pizzas e refrigerantes.

Os adolescentes também tem hábitos pouco saudáveis, o consumo de saladas cruas é apenas a metade da registrada nos adultos. Já os biscoitos, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados são presença constante na alimentação. O consumo de biscoitos recheados foi quatro vezes maior entre os adolescentes (12,3 g/dia) do que entre adultos (3,2 g/dia) e foi mínimo entre os idosos (0,6 g/dia). Para sanduíches, os adolescentes e os adultos apresentaram médias de consumo duas vezes maiores do que os idosos.

Esses dados da pesquisa do IBGE podem ser considerados os mais preocupantes, já que a adolescência é uma fase importa para a educação alimentar: “Nessa faixa etária, os jovens precisam consumir alimentos com qualidade e nem sempre em quantidades, para manter o desenvolvimento adequado, mas o que se vê justamente ao contrario”, diz Mariana.

O hábito da juventude de se alimentar em excesso e com escolhas erradas, como demonstrou o estudo, vai contribuir para obesidade e sua persistência, pois durante a puberdade se estabelece o padrão de gordura corporal: “Já se sabe que 80% adolescentes obesos tornam-se adultos obesos. Dessa forma, o adolescente obeso terá excesso de peso para o resto da vida”, alerta a nutricionista Mariana Jota.

A população rural apresenta maiores médias diárias de consumo per capita de frutas e peixes frescos do que a população urbana. Destacam-se nos domicílios rurais o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca. Já na área urbana, segundo o IBGE, destaque para os refrigerantes, pão de sal, cerveja e sanduíches.

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